Gravidez na adolescência aumenta 26% em Sorocaba entre 2009 e 2013
Gravidez na adolescência aumenta 26% em Sorocaba entre 2009 e 2013
O levantamento preocupa a administração municipal, que trabalha com números da Fundação Seade
Gestação precoce traz riscos à saúde
Riscos à saúde das gestantes muito novas e prejuízos psicológicos influenciando na relação mãe e filho são alguns dos aspectos negativos da gravidez na adolescência. Professor titular de ginecologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) em Sorocaba, Luiz Sampaio explica que entre os 15 e 20 anos as jovens atravessam a segunda fase da adolescência, estágio de vida em que passam por transformações profundas, especialmente no campo emocional. Segundo ele, nessa faixa etária as características sexuais secundárias já foram estabelecidas e, habitualmente, é o período em que os jovens vivenciam a sexualidade de maneira mais intensa.
"Contudo existem algumas complicações obstétricas mais comuns entre gestantes muito jovens: prematuridade, doença hipertensiva da gravidez, dificuldades para o parto vaginal, bolsa rota e processos infecciosos", diz. O ginecologista alerta ainda para o fato de que a maior parte dessas complicações são decorrentes das tentativas das adolescentes esconderem a gestação dos pais ou responsáveis. Com isso, continua o médico, elas adiam o início do pré-natal. Para ele as complicações mais preocupantes na gravidez durante a adolescência são as implicações sociais e psicológicas.
Diálogo é a melhor prevenção
Engravidar na adolescência faz com que as jovens pulem etapas da vida e pode trazer implicações negativas no relacionamento com o filho no futuro. Conversar com os adolescentes sobre sexo e métodos anticonceptivos, diz a professora do curso de psicologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Evelyn Christina Peres Barrelin, é a forma mais eficaz para evitar uma gravidez precoce. As campanhas publicitárias sobre o assunto, diz a psicóloga, levam informações, mas não determinam o comportamento dos jovens.
Evelyn alerta para o fato da gravidez na juventude resultar em responsabilidades para as quais nem sempre os jovens estão preparados. "Ela viveria certas coisas que, com a gravidez, provavelmente não será mais possível. Isso tanto na inserção no mercado de trabalho como em outros aspectos da vida. Ter uma liberdade maior e preocupações típicas da idade. Coisas que seu grupo pode estar vivendo de outra forma", argumenta a psicóloga. O apoio da família no direcionamento e suporte emocional dessa jovem, é essencial.
Por conta das privações trazidas a uma jovem, a maternidade pode ser uma experiência frustrada e prejudicar o relacionamento da mãe com o filho. "Pode ter problemas no futuro e ver o filho como alguém que impediu que ela vivesse certas coisas. (A gravidez na adolescência) Aumenta a probabilidade de rejeição da mãe em relação à criança", pondera Evelyn.
Riscos à saúde das gestantes muito novas e prejuízos psicológicos influenciando na relação mãe e filho são alguns dos aspectos negativos da gravidez na adolescência. Professor titular de ginecologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) em Sorocaba, Luiz Sampaio explica que entre os 15 e 20 anos as jovens atravessam a segunda fase da adolescência, estágio de vida em que passam por transformações profundas, especialmente no campo emocional. Segundo ele, nessa faixa etária as características sexuais secundárias já foram estabelecidas e, habitualmente, é o período em que os jovens vivenciam a sexualidade de maneira mais intensa.
"Contudo existem algumas complicações obstétricas mais comuns entre gestantes muito jovens: prematuridade, doença hipertensiva da gravidez, dificuldades para o parto vaginal, bolsa rota e processos infecciosos", diz. O ginecologista alerta ainda para o fato de que a maior parte dessas complicações são decorrentes das tentativas das adolescentes esconderem a gestação dos pais ou responsáveis. Com isso, continua o médico, elas adiam o início do pré-natal. Para ele as complicações mais preocupantes na gravidez durante a adolescência são as implicações sociais e psicológicas.
Diálogo é a melhor prevenção
Engravidar na adolescência faz com que as jovens pulem etapas da vida e pode trazer implicações negativas no relacionamento com o filho no futuro. Conversar com os adolescentes sobre sexo e métodos anticonceptivos, diz a professora do curso de psicologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Evelyn Christina Peres Barrelin, é a forma mais eficaz para evitar uma gravidez precoce. As campanhas publicitárias sobre o assunto, diz a psicóloga, levam informações, mas não determinam o comportamento dos jovens.
Evelyn alerta para o fato da gravidez na juventude resultar em responsabilidades para as quais nem sempre os jovens estão preparados. "Ela viveria certas coisas que, com a gravidez, provavelmente não será mais possível. Isso tanto na inserção no mercado de trabalho como em outros aspectos da vida. Ter uma liberdade maior e preocupações típicas da idade. Coisas que seu grupo pode estar vivendo de outra forma", argumenta a psicóloga. O apoio da família no direcionamento e suporte emocional dessa jovem, é essencial.
Por conta das privações trazidas a uma jovem, a maternidade pode ser uma experiência frustrada e prejudicar o relacionamento da mãe com o filho. "Pode ter problemas no futuro e ver o filho como alguém que impediu que ela vivesse certas coisas. (A gravidez na adolescência) Aumenta a probabilidade de rejeição da mãe em relação à criança", pondera Evelyn.
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